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Um amigo arranjou uma namorada nova.
A criatura é meia estranha.
Resolvemos convidá-la, primeira vez, para um dos nossos almoços de gajas.
(escusado será dizer que hoje já não vou escrever merda nenhuma de jeito, a não ser textos alcoolizados)
O nosso grupo é constituído por 3 actrizes (e meia, há uma que é conforme), uma psicóloga (mais doida que nós todas juntas), uma advogada, uma produtora de televisão, uma agente imobiliária em stand-by e a jornalista desconhecida, que sou eu...
Herdámos outra psicóloga, esta também em stand-by, e talvez por isso, vinha com fúrias psicanalíticas.
No final do almoço, graças à nossa convidada, chegámos à conclusão que somos todas uma cambada de devassas furiosas.
Aparentemente, todas as palavras que proferimos têm uma componente sexualmente analisável, e a minha compulsão por comprar sapatos demasiado altos, que não uso, mas ficam lindamente no armário e me delicio diáriamente a olhar para eles, é uma merda qualquer que tem a ver com o meu desejo de ser admirada pelos homens...
Pergunta o meu confesso desconhecimento freudiano, mas não queremos todas???