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Já não venho aqui há algum tempo porque o tempo tem sido escasso, e a minha vida mudou. Comecei a trabalhar na área da saúde há uns meses, porque os horários rotativos me permitem continuar a trabalhar na minha profissão.
Há coisas, no entanto, que me irritam, e por falta de espaço para as exprimir, este meu cantinho é ainda o refúgio onde posso dar largas às minhas frustrações. Posto isto, decidi limpar as teias de aranha aqui deste manicómio, arrumar a casa e vamos lá voltar a escrever:
Ora, assim como muitas instituições e empresas, os profissionais de saúde têm sido contemplados com inúmeras ajudas. Grandes cadeias como o McDonalds têm oferecido refeições aos profissionais de saúde, e a todas, e em nome dos profissionais de saúde, deixo aqui os mais sentidos e sinceros agradecimentos.
A estas instituições e empresas, juntou-se também a Padaria Portuguesa, que decidiu oferecer o pequeno-almoço aos profissionais de saúde.
Quando uma das auxiliares do hospital decidiu ir tomar o pequeno-almoço a uma das lojas dessa cadeia que fica próxima do hospital, foi-lhe informado que a promoção é apenas válida para médicos e enfermeiros!
Das duas uma, ou a pessoa que criou a promoção não sabe o que quer dizer "profissional de saúde", ou isto é descriminação.
Vamos então passar a explicar aos senhores da Padaria Portuguesa o que é um profissional de saúde e como é que funciona um hospital...como se eles fossem muito burros.
Ora se um dos senhores aí da Padaria Portuguesa adoecer, vai (em condições normais) às urgências de um hospital. Dirige-se à receção para fazer a inscrição e é atendido por um administrativo (essa pessoa é um profissional de saúde). Quando chega a sua vez de ser atendido é encaminhado à triagem por um auxiliar (essa pessoa é um profissional de saúde). É então atendido por um enfermeiro (ele também um profissional de saúde), que irá avaliar a gravidade do seu estado de saúde e dar-lhe a pulseira com a cor correspondente (a famosa Triagem de Manchester, que se quiserem eu explico, é melhor aprenderem isto primeiro!). Irão então ser encaminhados para o médico por um auxiliar (essa pessoa é um profissional de saúde), que depois da consulta irá higienizar o espaço onde esteve para evitar que passe os seus bicharocos a outra pessoa. Se tiver que fazer análises laboratoriais ou outro tipo de exames, esses serão efectuados por técnicos (esses também profissionais de saúde). Se tiver que ficar internado, toda uma equipa de profissionais de saúde irá cuidar de si, não só os médicos e os enfermeiros.
Dietistas e funcionários da copa irão tratar das suas refeições de acordo com a sua patologia (profissionais de saúde), auxiliares que trabalham directamente com os enfermeiros (profissionais de saúde), funcionários da farmácia que vão tratar da sua medicação (profissionais de saúde), empregados de limpeza, porque um ambiente limpo é fundamental num hospital (profissionais de saúde), empregados que tratam dos resíduos hospitalares para que estes não contaminem o meio ambiente (profissionais de saúde), funcionários da rouparia que tratam do material de hotelaria do hospital e garantem que tenha roupa limpa todos os dias (profissionais de saúde), e estas são apenas algumas das áreas que funcionam dentro de um hospital.
O trabalho dentro de um hospital é um trabalho de equipa, assim como creio que é na Padaria Portuguesa, que não deve funcionar só com um tipo de profissionais. Mas como este exemplo existem outros relatos semelhantes, como os supermercados do grupo Auchan que têm esta mesma política.
É lamentável que num clima destes, em que a humanidade devia reflectir e perceber que afinal somos todos iguais, não interessa a classe social ou o dinheiro que temos no banco, este vírus é democrático e transversal e mata indiscriminadamente, que a Padaria Portuguesa tenha estas políticas. Estou em crer que com isto vai perder muitos clientes profissionais de saúde, que não se vão esquecer desta afronta.
Com isto, ficámos a perceber que para a Padaria Portuguesa existem portugueses de primeira e portugueses de segunda...pela minha parte, prefiro ir comer um rissól gorduroso a uma tasca e ter uma crise de fígado, do que voltar a pôr os pés numa daquelas lojas!
Pois é meus meninos, cá estamos em mais uma rúbrica de NERDFLIX, ou seja, o outro lado do Netflix, aquelas séries que nínguem se lembra de ir ver!
Eu bem tento aprender coreano...mas tá difícil! Entretanto descobri as séries coreanas no Netflix, que têm uma qualidade que me espantou.
Esta é a minha favorita Strong Girl Bong Soon, uma comédia romantica com Park Bo-Young, uma actriz absolutamente fofinha e pequenina, que também entra noutra série do Netflix, o Oh My Ghost; Park Hyung-Sik, cantor coreano membro dos ZE:A, por quem nos vamos apaixonando ao longo da série e, finalmente, no papel de serial killer, o top model coreano Ji Soo, que dá vontade de ser raptada por ele!
Em linhas gerais a coisa é a seguinte, Doo Bong Soon (a personagem principal) é uma moça com uma força sobre-humana, herança dos deuses para as mulheres da família, no entanto se usarem os poderes para o mal ou de forma egoista, perdem os ditos poderes.
A nossa menina é apaixonada por um amigo de infância que é polícia, mas depois de aviar uns rapazes maus à estalada à frente de um milionário dono de uma empresa de jogos, Bong Soon é contratada por ele como...guarda-costas.
É aqui que a coisa se complica e se desenvolve um triângulo amoroso..
Os diálogos são fantásticos, o cast é maravilhoso, com uma série de personagens secundárias deliciosas...muitas vezes dei por mim no metro (a ver a série no tablet) a rir à gargalhada e toda a gente a olhar para mim!
Esta série é capaz de ter o melhor final de todos os tempos! Deixa-nos com uma sensação de satisfação, sem ser aquelas cenas em que não sabemos se casam ou não...se vão ser felizes ou não...é um final com TUDO A QUE TEMOS DIREITO!!!
(Violet Evergarden - série disponível no Netflix)
A minha volta a estas lides tem mais que se lhe diga do que apenas a minha "falta de trabalho". O projecto a que me dediquei de corpo e alma nos últimos 2 anos está num impasse...mas já está num impasse há vários meses. Até há cerca de 3 semanas estive MESES sentada num escritório a ver....Netflix! O que não lembra nem ao menino jesus! Agora, estou em casa mas numa situação estúpida em que não sei se estou desempregada ou não!
Mas como disse num post anterior, não sou menina para ficar em casa de braços cruzados à espera que chova. Mas, infelizmente, neste país uma pessoa que passou dos 40 está velha para o mercado de trabalho!
Mas se aqui estou velha, noutros países não estou. E em 3 semaninhas apenas encontrei uns senhores que além de acharem que eu ainda sou uma jovem teenager inconsciente, apreciaram muito o meu CV e a minha experiência, coisa que em Portugal não interessa para nada, o que é bom é não ter experiência e mamar com o ordenado mínimo nacional, e não piar!
Ontem "fui" à entrevista, que já não foi bem entrevista, para tratar dos pormenores finais (o "fui" é porque a coisa se deu por video-conferência, é portanto um "fui" virtual). O moço com quem tenho falado, apesar de muito japonês, fala lindamente inglês (graças a deus!). Esta última entrevista foi no mínimo estranha...ou pelo menos parte dela.
- Fala alguma coisa de japonês?
- O básico. Ohayo gozaimazu (olá), anata no namae wa nanidesu ka? (como é que te chamas?)...etc...etc...etc...gomen'nasai (desculpa)
- Ah, sabe dizer desculpa. Isso é bom!
(Nesta parte fiquei confundida. Será que tenho ar de desastrada?)
- Disse que tem família no Japão, decerto aprendeu a falar com eles.
- Por acaso não, foi mais a ver Anime.
(Ar de espanto a olhar para mim. Se calhar acha que não tenho idade para ver anime...se calhar não tenho, mas não quero saber!)
- E coreano?
- Salanghae...(para os interessados, pronuncia-se sarangué, e quer dizer amo-te)
(esgar de quem se está mortinho para se rir)
- Pois, não me parece que vá usar essa palavra muitas vezes.
- Oppa? (calão, cuja tradução literal é irmão mais velho, mas é o equivalente a dude ou bro, em inglês...o que mais se aproxima em português é "gajo")
(aqui o senhor não se aguentou e desatou-se mesmo a rir)
Agora vou-me agarrar às séries japonesas e coreanas do Netflix a ver se aprendo mais qualquer coisinha.
Eu sei que ando meio distraída, acho que a polémica já estoirou há 15 dias no Facebook, por causa deste artigo!
Só hoje é que fui ver o que era, e de facto, o rapaz, com ar de ex-membro da Juventude Democrata Cristã, é na realidade o DJ Corto Maltese (devia ser multado por me estragar mais um personagem).
Mas dei-me ao trabalho de ir ler outros artigos do rapaz, e são todos igualmente maus!
Falam da "noite", e banalidades que não interessam nem ao menino Jesus.
Este artigo em particular, nem me apetece comentar tamanha imbecilidade...