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Mas não quero saber.
Estava no meio de uma video-conferência com uns senhores de Londres, quando se começa a ouvir uma criancinha aos berros. Eles também ouviram e comentaram, eu disfarcei e disse que tinha as janelas abertas, por causa do calor, e que o barulho vinha da rua.
Mentira!, vinha do escritório ao lado.
Escritório esse que tem como novos ocupantes um escritório de advogados, criaturas carrancudas e mal educadas que nunca cumprimentam ninguém, nem respondem quando os cumprimentam.
Acabada a chamada, dirigi-me ao escritório ao lado, já com a paciência em ponto de rebuçado.
Abre a porta a tal fulaninha, com o crianço ainda aos berros em banda-sonora, filme série B.
- Desculpe, mas estou aqui no escritório ao lado, estava a fazer uma chamada e só se ouvia a criança a chorar. Neste prédio não se pode fazer este tipo de barulho em horário de expediente.
- E quer que faça o quê? Não tenho onde o deixar, quer que o deixe sozinho em casa com 4 anos?
(respondeu a besta, em tom de ameaça, o que ainda me deu mais nervos. E, quem me conhece sabe, que quando baixo o tom de voz e começo a falar pausadamente, a coisa está má!)
- Pois, isso já não é problema meu, mas se o trouxer, pode sempre amordaçá-lo ou dar-lhe um Xanax...
- Desculpe?!? A senhora não deve ser mãe de certeza!
- Por acaso sou, mas o meu filho está bem educado...ou bem amestrado, como quiser chamar-lhe.
- Não estou para ouvir estas coisas! Faça o que quiser!
(fecha-me a porta nas trombas)
E eu fiz, fui à administração, 2 pisos abaixo, onde se conseguia ouvir perfeitamente os uivos do animalzinho, e expliquei a situação.
Acabei de ver a senhora a atravessar o parque de estacionamento em passo furioso, a arrastar a mini-besta por um braço!