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Pais em Panic Mode

por Neurótika Webb, em 30.07.15

Há teorias que me cansam...e que me desgastam a paciência. 

 

Quando era miúda, os meus pais passavam-se quando eu passava horas infinitas agarrada ao Cubo de Rubik, o famoso Cubo Mágico.

Chegaram a dizer, na altura, que prejudicava as crianças estar tantas horas agarradas ao dito objecto rotativo e colorido.

 

Hoje, já não é assim, o Cubo é que é bom, o diabo são os tablets e os smart phones!

 

O que me irrita, é que quem escreve sobre o assunto, é precisamente a geração que passava dias agarrada aos Spectrum 48K...computadores, a jogar, lembram-se?

 

Aparentemente saímo-nos todos bem, com os Pack Man, o Pong, o Tetris e, eu que fui uma verdadeira mestre da coisa, o Super Pang.

 

Nós, a quem eu gosto de chamar a "Geração Lucas-Spielberg", éramos as estrelinhas das novas tecnologias e crescemos com elas, andamos agora a suspirar por jogos de rua e joelhos esfolados? Nós, a primeira geração completamente agarrada aos computadores, queremos impor uma abstinência tecnológica aos nossos filhos?

 

Das duas uma: ou temos uma péssima auto-estima, e não queremos que as nossas crianças sejam iguais a nós (quanto a mim não acho que me tenha saído mal, mas isso sou eu que tenho uma auto-estima de escala inter-galáctica)....Ou somos todos uma camabada de hipócritas?!?

 

maxresdefault (1).jpg

 

 

 

 

 

publicado às 12:56


7 diagnósticos

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De oBomIdiota a 30.07.2015 às 14:16

Nada a ver com o post mas, não sei se reparaste, enviei-te um email :)
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De Neurótika Webb a 30.07.2015 às 19:28

Vírus no computador....vi agora. Assim que puder respondo. Sorry :(
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De Marquês a 30.07.2015 às 14:23

Tudo o que é demais enjoa. Eu cresci na década de 90 e tive de tudo. Corria para casa para ver Dragon Ball, combinava tardes inteiras a jogar MegaDrive mas também andava sempre todo esfolado e as minhas calças ganhavam o primeiro remendo em menos de 5 horas de uso. Excepto as calças boas, que eram para ir à missa...
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De Neurótika Webb a 30.07.2015 às 19:30

Estes extremismos é que me irritam. Tudo tem quer ter conta, peso e medida.
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De [Mad]emoiselle O a 30.07.2015 às 20:08

Concordo plenamente. Conta, peso e medida.
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De Paulo Vasco Pereira a 31.07.2015 às 01:58

Parece que vivemos de extremos.
A verdade é que de uma maneira ou de outra, as crianças/adolescentes não interagem e não crescem emocionalmente. Os dias são passados num aviário, que agora passou a ser comandado como uma empresa, com tudo controlado.
A questão das TIC é ...
Na hora de almoço gosto que os meus alunos brinquem. Isto quando não me obrigam a colocar alguns deles numa horrenda sala de estudo. Sim, agora há diretores e tenho que obedecer a ordens superiores. No lugar dos meus alunos, até à idade atual, nada aprenderia numa sala de estudo, com todos obrigados a estarem calados. Preciso de música baixinho ou média para memorizar e ruído. Não serei o único. Ora, já tive alunos que preferiram estudar no bar ou no jardim da escola com sucesso! A sala de estudo seria útil para compreender alguns exercícios mas como em mat prefiro que o levem mal resolvido e com o raciocínio deles...
Adiante.
Totalmente a favor da geração de alunos que o Marquês recorda. Tive alunos brilhantes, em zonas "escondidas" do país, atualmente médicos, gestores, etc. Alguns, por razões económicas não puderam continuar mas eram fantásticos. Conforme as TIC foram sendo introduzidas também eu as usei na sala de aula.
Atualmente, deparo-me com questões hilariantes: uso o quadro interativo mas as salas com estes atribuem a profs que nem os sabem ligar; se pretendo utilizar uma ferramenta à qual todos os alunos podem aceder do lugar, através do smartphone ou tablet... sou proibido, porque os alunos não podem utilizar estes instrumentos na escola. Mas a matemática e as ciêncas naturais não devem acompanhar as tecnologias?
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De Neurótika Webb a 31.07.2015 às 10:48

Ahahaha, é eu nem sequer estava a falar da escola e dos professores.
Estava a falar dos pais, mas isto é ridículo!
O meu filho quer trabalhar em jogos, fazer a parte gráfica, mas o curso é igual ao que eu tive.
Quem o está a ensinar a mexer com as ferramentas de desenho do InDesign, sou eu, porque na escola, não trabalham com computadores.
Mas a escolha pensa o quê? Que vão ser artistas plásticos?
A maior parte vai ser designer e não aprendem nada, saem sem preparação!

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