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O problema das férias, além de estar a trabalhar, mas a cabeça ainda não ter saído do modo de férias, é parar.
Parar e ser obrigada a pensar. A reavaliar. A fazer balanços.
E, descobrir que estou farta da vida que tenho.
O mais bonito é que todas as pessoas que me conhecem acham que eu tenho uma vida invejável e glamorosa, cheia de eventos, viagens, pessoas interessantes e amigos ainda mais interessantes...
E eu?
Eu trabalho 11 horas por dia, numa rotina infindável, num trabalho que muitos gostavam de ter, mas que é um trabalho igual aos outros, que se torna rotineiro e enfadonho. Fins de semana sem sair de casa, não porque não tenha onde ir, mas porque tenho saudades de estar em casa, passo tanto tempo fora dela. Um relacionamento arrumado e parqueado, que é bom às vezes e outras nem sei.
E eu?
Fechada e hermética, forte e a desfazer-me por dentro, estagnada e apática, não sei se morta se viva...às vezes sinto que deixei de respirar.
E o pior, é chegar à conclusão que fiz isto a mim própria.