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O problema das férias...

por Neurótika Webb, em 11.08.15

O problema das férias, além de estar a trabalhar, mas a cabeça ainda não ter saído do modo de férias, é parar.

Parar e ser obrigada a pensar. A reavaliar. A fazer balanços.

E, descobrir que estou farta da vida que tenho.

O mais bonito é que todas as pessoas que me conhecem acham que eu tenho uma vida invejável e glamorosa, cheia de eventos, viagens, pessoas interessantes e amigos ainda mais interessantes...

E eu?

Eu trabalho 11 horas por dia, numa rotina infindável, num trabalho que muitos gostavam de ter, mas que é um trabalho igual aos outros, que se torna rotineiro e enfadonho. Fins de semana sem sair de casa, não porque não tenha onde ir, mas porque tenho saudades de estar em casa, passo tanto tempo fora dela. Um relacionamento arrumado e parqueado, que é bom às vezes e outras nem sei.

E eu?

Fechada e hermética, forte e a desfazer-me por dentro, estagnada e apática, não sei se morta se viva...às vezes sinto que deixei de respirar.

E o pior, é chegar à conclusão que fiz isto a mim própria.

 

 

 

publicado às 17:01


25 diagnósticos

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De [Mad]emoiselle O a 11.08.2015 às 18:50

Ia dizer uma frase cliché. Mas isso não ia mudar em nada o teu estado , ia ser estúpido e estarias no pleno direito de me mandar à merda.
Por isso só tenho a sugerir que exista álcool no dia 20
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De Neurótika Webb a 11.08.2015 às 18:53

isso sim, é uma ideia fantástica!
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 11:26

Isso é sinal que durante o ano andas tão ocupada que não tens tempo para pensar na vida. Isso pode ser muito mau porque quando tens é uma avalanche de pensamentos.
Estás numa encruzilhada, não sei é possível, mas se for faz um retiro, uns dias só para ti para te centrares em ti e perceberes o que é melhor para ti.
Temos tendência a culpar os outros pela nossa infelicidade, estive há uns meses assim mais ou menos como tu e achei que a culpa era do meu marido, mas não era, era minha.
Se tive coragem de mudar de rumo, vou ser sincera não tive, mas cheguei à conclusão que não existem vidas perfeitas e que nunca estamos totalmente felizes, a sabedoria é sermos felizes com o que temos, já que mudanças implicam sempre uma escolha e com isso vem o custo de oportunidade, que na maioria das vezes não compensa.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:32

o retiro fiz eu agora...fui pró campo descansar. E olha o lindo serviço!
eu percebo perfeitamente o que dizes, mas sinto que já tentei tudo, estou a ficar sem forças. cada vez que tento mudar qualquer coisa, esbarro contra uma parede.
mesmo antes de ir de férias tentei uma "coisa diferente", à laia de despedida....acabou comigo no carro a chorar, como de costume.
já não sei que faça....estou exausta
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 11:37

Sinceramente não sei o que te escrever. Estas situações são muito complicadas. A única coisa que te aconselho é calma e prudência, o que menos precisas é de uma atitude precipitada.
Podes tentar falar com ele e tentar ver qual a opinião dele sobre a relação, às vezes queremos as mesmas coisas e não sabemos como sintonizar na mesma frequência
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:44

sabes qual é o problema disto tudo? é que este homem é o amor da minha vida.
o que me irrita é que parece que eu estou sempre em último nas prioridades dele...mas quando é bom, é mesmo muito bom!
sabes aquela pessoa que te complementa em tudo? que te atura o mau feitio? aquele homem que acha graça quando tu sabes mais que ele acerca de determinado assunto e não se sente ameaçado? que te apoia e delira com as tuas conquistas? é ele! Mas em versão frigorífico....
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 11:52

Sei, entendo-te tão bem.
O meu problema é parecido, com outros contornos mas acaba por ser o mesmo problema.
Como disse no comentário no outro post, a mulher tem um papel muito difícil.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:57

será da rotina? ou será que somos nós que somos exigentes e queremos que o romance nunca acabe? já não sei...
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 12:14

Eu acho que quase todas as mulheres o mesmo problema, nós colocamos muitas expetativas em tudo, porque quando lhe preparamos uma surpresa tratamos de tudo ao ínfimo detalhe, qual a conclusão, quase sempre eles não valorizam, algumas vezes, quando não é todas, estragam a surpresa, tentamos fazer algo diferente e levamos com um balde de água fria.
Depois quando esperamos que eles nos façam algo do género, o que acontece? Eles são incapazes de o fazer, ou fazem-no de ano a ano e quando fazem uma coisa fantástica acham que isso lhes dá créditos para a eternidade.
Normalmente só existem dois tipos de homens que acertam nas surpresas os que têm culpa no cartório e se querem redimir ou os que têm falta de sexo e tentam por tudo que as mulheres os compensem.
Ou seja, ou os tratamos mal para eles nos darem atenção ou damos-lhe rédea solta para eles voltarem arrependidos.
Como em tudo quem se porta bem não recebe recompensa.
Algumas mulheres têm a arte de manipularem os homens a fazerem tudo o que elas querem, mas normalmente os homens a quem se consegue fazer isso são desinteressantes e até um pouco burros.
Conclusão se queremos homens interessantes, cultos e independentes temos de levar com a pressão de sermos perfeitas.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 12:24

posso-te dizer que já tentei um desses, que me adorava e me punha num pedestal...no final ficou azedo, dizia que eu tinha a mania que sabia tudo (parecia que tinha a culpa de ser inteligente e de ter crescido numa familia de intelectuais) e odiava que eu ganhasse muito mais que ele.
resumindo, traiu-me com uma gaja tipo sopeira, uma enfermeira baixinha, loura, burra, mas com um grande par de mamas, saída directamente do filme instinto fatal...que nos perseguia, conseguiu o meu número de telemóvel e ligava-me a infernizar-me o juízo para o deixar....resumindo, deixei mesmo, achei que merecia melhor.
este, era aquele que no primeiro ano me surpreendia de todas as maneiras e feitios, parecia um filme romantico de Hollywood. Quando fezum ano, puff!, parecia que tinham desligado um botão e acabou tudo.
eu pergunto-me é até quando vou conseguir viver só com as memórias desse primeiro ano?
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 12:35

A mim foi mais ou menos isso, durante os primeiros tempos arranjava sempre forma de me surpreender e agradar, posso dizer que a fase da paixão durou mesmo vários anos, depois acomodou-se, quando casamos o primeiro ano, ano e meio voltou a ser romântico mas depois com a rotina as coisas voltaram a ficar mornas.
No entanto, é nas pequenas coisas que vejo o amor que tem por mim, gestos que parecem simples mas que demonstram imensa preocupação e proteção. Por outro é o facto de fazer algumas coisas que tanto me irritam que me faz ter a certeza que o amo, se não amasse não me iria importar.
Ficar mais feliz do que eu pelas minhas conquistas é das coisas que mais valorizo nele.
Os homens têm um problema quando acham que estamos conquistadas desleixam, relaxam.
Esquecem-se que a relação tem de ser alimentada todos os dias ou delegam isso apenas para nós. Cromos.
Eu não digo que os que nos tratam sempre como princesas em 99% das vezes têm algum problema.
Essa sopeira havia de me ver rodar a saia. Que doente credo.
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De Dama de espadas a 11.08.2015 às 23:05

Eu passo pelo mesmo.
Nas férias vem os balanços e balancetes...
As ideias para mudar, para fugir/agir...
Cortar amarras...
Mas não passam disso mesmo.
De pensamentos que vivem em mim e que ecoam nas paredes do meu corpo.

De nada vale mas gosto de ter ter de volta
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:11

Pois, mas eu sou meia doida, e já não é a primeira vez que me passo e rebento com tudo e recomeço do zero...eu sou um perigo.
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De Dama de espadas a 12.08.2015 às 13:21

Eu gosto disso. Da adrenalina de começar de novo....
Procuro isso tantas x...
Sonho com mudar de casa para isso mesmo, um novo começo noutro lado. Sonho c deixar o trabalho para me aventurar...
Sonho acordada muitas x a pensar como seria a minha vida se isto ou aquilo....
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 15:09

estou farta de sonhos...apetece-me realidades.
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De Joao a 13.08.2015 às 04:08

Posso sugerir que aproveite cada momento de descanso, sim: até ao almoço, jantar, lanche, à espera do autocarro, da criança, etc. que faça uma avaliação de como foi o dia até ao momento.
"Em que posso melhorar?"
Aproveite o sábado ou o domingo para pensar como foi a semana. O que conseguiu atingir? Conseguiu melhorar a vida de outros? Que pode fazer melhor?

Para receber é precisar dar.
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De Jonas a 13.08.2015 às 17:24

Boas tardes...bem como eu te percebo...:(
eu estou na mesma situação.. todos os meus amigos e familia não percebem do que me queixo, que ganho bem e não sei que.. mas.. pffff estou prestes a explodir :( não aguento o ambiente, o próprio trabalho em si, estou longe de casa... mas vou sair daqui para onde??? não consigo encontrar nada que me pague o mesmo... estou sem saber o que fazer.... é uma tristeza gigante..:(
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De Neurótika Webb a 13.08.2015 às 17:26

pois...e se me disserem que é para "viver um dia de cada vez" mais uma vez...corto os pulsos!
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De Joao a 14.08.2015 às 05:01

Que problema vai aí nesse ser interior?
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De Neurótika Webb a 14.08.2015 às 12:20

é um problema chamado cansaço.
é esta sacana desta crise que não nos deixa ver a luz ao fundo do túnel.
isto depois passa.
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De Fernando Lopes a 13.08.2015 às 20:13

Para te por a reflectir...

Mal-grado a conotação negativa, faz do tédio uma condição sine qua non da vida a dois…

Desejar a excitação permanente é pueril. Existem boas razões para terminar uma relação, não o tédio. Voltar contra o outro uma monotonia que em si mesmo é do casal, é fazer um processo de intenções: não podemos desejar a estabilidade e incriminar o tédio. Não falo do spleen, mas simplesmente do estado em que não se passa nada, essa plataforma continental da idade adulta. Não tenho a receita para a vida a dois, mas no mínimo, é o acordo sobre a procura de escutar o outro. Ouvir é o objectivo. É também o meio. Pascal Bruckner fala dos benefícios da vida em comum, esquecendo-se que deixa ressentimentos por vezes indeléveis. É necessário fazer o possível para adiar e aguardar pela calma que permite compreender. Amar é guardar a infelicidade para mais tarde.
(...)

Claude Habib
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De Neurótika Webb a 14.08.2015 às 12:04

obrigada Fernando. Isto são crises existenciais que me dão de vez em quando...depois volta tudo ao normal
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De Fernando Lopes a 14.08.2015 às 18:25

Quem nunca se inquietou que atire a primeira pedra...
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De O Informador | Ricardo Trindade a 13.08.2015 às 21:01

Foram as tuas escolhas que te levaram a tal. Mesmo assim e mesmo sabendo que és «patroa» de ti própria, existe sempre tempo para o descanso, pelo menos devia existir porque o corpo e a mente não aguentam tudo.
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De Neurótika Webb a 14.08.2015 às 12:13

Isto faz-me sempre lembrar de um cliente que tinha quando estava no banco, que um dia me disse que não tinha férias à 6 anos...porque não podia, e ser empresário é isso mesmo. Eu achei que o homem estava doido....não é que estava certo?

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