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Então aqui vai mais um post polémico:
Muitos não saberão o que a palavra quer dizer, mas muitos pais perceberão perfeitamente do que estou a falar.
Os "gamers", como os próprios se auto-intitulam, são aqueles miúdos que jogam, especialmente em plataformas online, como a Steam.
Este "novo" hábito, tem gerado muita controvérsia entre pais, medicos e psicólogos.
Eu tenho um lá em casa!
Eu, sempre andei caladinha com isto, porque, apesar do termo não existir quando tinha a idade do meu filho, sou e sempre fui "gamer".
Ando sempre a jogar qualquer coisa, neste momento troquei as consolas pelo tablet, porque não tenho tempo e é muito mais fácil controlar apps, sobretudo as de estratégia.
O problema deve ser genético...só pode!
Quando engravidei do meu filho, fiquei 7 dos 9 meses, em repouso absoluto.
Assim que saí do médico, a primeira coisa que fiz, foi meter-me no carro e ir comprar jogos para a PlayStation (na altura PS1).
Os meus fieis companheiros durante 7 meses foram: o Crash Bandicoot, o Tekken (que ainda hoje ninguém me bate naquilo), o Resident Evil e o Tomb Rider 2 (o qual tive que interromper durante 2 meses, porque ver a Lara Croft aos saltos dava-me enjoos e tinha que ir a correr vomitar).
Esta famosa PS1, foi a primeira consola do meu filho....herdou-a porque comprei uma XBox, que vinha com o Halo.
Mas os pais da minha geração têm a memória curta?
Somos, como eu gosto de chamar, a "geração Spielberg - Lucas", os putos do 48k, os putos do cubo mágico (rubbik), os putos do Tetris, os putos dos primeiros jogos de computador e das primeiras consolas!
Eu lembro-me quando tive o meu primeiro GameBoy, ninguém me descolava daquilo!
Ou o primeiro Tetris, eram horas infinitas a jogar aquilo.
O que é que eu aprendi? A controlar as horas de jogo do meu filho. A escolher os jogos que ele joga (jogou este ano pela primeira vez o GTA*, aos 16)
Durante os últimos anos este dito "flagelo", foi um drama nos meios de comunicação social, chegando até ao ponto de insinuar que o GTA* foi em parte responsável pelo massacre de Columbine nos Estados Unidos, jogo que aparentemente, ambos os rapazes jogavam. Mas não, um jogo não transforma um miúdo num psicopata!
Hoje em dia, existem estudos que revelam exactamente o contrário, os jogos fazem as crianças desenvolver outro tipo de capacidades cognitivas.
Tudo isto ainda é muito controverso.
No entanto eu jogo, sempre joguei e continuarei a jogar.
O desafio com as crianças é dar-lhes um ponto de equilíbrio e, sobretudo, ouvi-las, nem que seja aquelas conversas infindáveis sobre a história do jogo, ter paciência para ver a nova armadura da personagem do jogo, ou a estrutura que ele construíu no Mine Craft.
E, se puderem, joguem com eles, mesmo que não gostem muito do Sonic.....como me aconteceu a mim.
Foram sessões infindáveis daquilo, mas que me permitiu começar a estabelecer limites e horários de jogo, que ele aceitou bem porque parávamos os dois de jogar. Era como se os limites fossem para os dois.
Se o fizermos, se nos interessar-mos pelo que eles jogam, mais facilmente nos vão ouvir quando lhes pedirmos para fazer uma pausa ou limitar as horas de jogo.
*GTA - Grand Theft Auto, um jogo que, nos seus primórdios, foi considerado um dos violentos, cujo objectivo era roubar carros, e ganhava-se pontos por matar pessoas.
Imagem - Team Fortress 2