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Consulta obrigatória antes da IVG

por Neurótika Webb, em 20.07.15

É daquelas coisas que não me choca nada. 

Devia ser antes e depois. 

Claro que não como meio de intimidação, mas para acompanhar as mulheres que o querem fazer.

 

Quem já o fez, sabe bem que é uma decisão que não se toma de ânimo leve. Arrasa connosco, mesmo já tendo tido filhos e, é um momento que fica gravado para sempre.

 

Não me venham com as histórias de fazer chorar as pedrinhas da calçada, de mulheres com dificuldade em engravidar, eu sou uma delas. Dois descolamentos de placenta antes de conseguir levar a gravidez do meu filho a termo.

Mas, depois disso engravidei e optei pela IVG...e voltaria a fazê-lo!

 

Desculpem-me, mas primeiro estou eu, a minha vida e o meu bem-estar. 

O corpo é meu e não há nenhum filho da mãe que me venha dizer o que fazer com ele.

 

Sou contra esta penalização de quem toma esta decisão. 

Ou melhor, devia haver uma isenção por ano. Mais que isso, acho muito bem que se pague. 

E, muitos profissionais de saúde poderão atestar isto, há mulheres que fazem IVG por desporto, em vez de recorrerem às consultas de planeamento familiar (onde dão contraceptivos, não é preciso pagar!).

 

Infelizmente, as mulheres que são a favor da IVG, e se têm manifestado por aqui pelo nosso burgo, têm sido alvo de insultos de pessoas no mínimo, atrasadas mentais.

 

Portanto meus senhores, experimentem lá vir aqui insultar-me!...

 

publicado às 18:43


67 diagnósticos

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De Neurótika Webb a 23.07.2015 às 21:21

Nesse caso voltamos ao mesmo, mulheres a morrerem por causa de abortos feitos por não profissionais.
Vai passar a ser o quê? Seguro só para quem pode pagar?
Nessa perspectiva também não temos que pagar por medicamentos para o HIV, deriva do mesmo, ou não?

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De mara a 24.07.2015 às 09:42

Provavelmente não me fiz entender. Não advogo que as IVGs sejam feitas por não profissionais e penso que esses profissionais devem sempre ser médicos especialistas de obstetrícia. Qualquer IVG feita fora deste âmbito é crime. Portanto não vejo que isso aumente o risco, quer seja no privado, quer no público. Mas, não nos esqueçamos, o risco existe e é mais alto do que aquilo que as pessoas pensam!
Quanto aos seguros ou à necessidade de riqueza também não me parece justificação razoável já que os comprimidos, geralmente, utilizados para o efeito são extremamente baratos e pagar uma consulta parece-me ser o mínimo de responsabilidade que caberia à grávida.
A SIDA é uma doença, hoje crónica, e como noutras outras doenças que se podem contrair de modos muito diversos, deve ser paga pelos impostos da comunidade. Não me parecem situações comparáveis. Em portugal o tratamento da SIDA é gratuito, contrariamente a outros países, mesmo na Europa, de tal modo que há doentes estrangeiros que se mudam para cá de modo a fazê-lo de graça!
Os nossos impostos devem ser para pagar tratamentos de doenças.
As opções, legítimas, de cada um devem ser privadas.
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De Neurótika Webb a 24.07.2015 às 11:34

Portanto, voltamos ao mesmo: quem não pode pagar, vai cair às mãos dos curiosos...ou achas que isto não é uma oportunidade de negócio?
Eu fui pró privado porque na altura não queria fazer raspagem, e só no particular é que faziam aspiração. Agora não sei, confesso.
O que me aconteceu a mim foi um método anti-concepcional que não funcionou...aquela pequena percentagem.
Mas, o que tu dizes é, se um comportamento de risco, andar a dormir com toda a gente sem protecção e contraír SIDA, tem mais direitos que uma mulher que engravidou por acidente? Posso puxar dos mesmos argumentos, porque é que eu tenho quer pagar o tratamento a uma pessoa que teve um comportamento de risco?
E já agora, pordemos incluir todas as DST's....
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De mara a 24.07.2015 às 17:04

Eu não consigo comparar um aborto voluntário (e repara que não sou contra o aborto, penso que as pessoas devem ser livres de fazer o que bem quiserem) com a Sida ou com outra qualquer doença. A sida não se apanha só quando há promiscuidade, pode contrair-se de muitos outros modos, mas não deixa de ser uma doença. Senão tratarmos as doenças então não seria necessário fazer descontos para o SNS. Do mesmo modo que devemos tratar um traumatismo craniano pós acidente, quer o doente seja inocente ou culpado do acidente. E até aceito que paguemos o tratamento de qualquer patologia pulmonar a fumadores, que sabiam ter um risco aumentado. Mas isto é doença.
As IVG podem ser feitas através de comprimidos tomados oralmente, por via vaginal, por curetagem ou por curetagem aspirativa, sendo por vezes necessário recorrer a mais do que um destes métodos.
Não consigo entender a IVG como uma doença que deva ser paga com os impostos de todos.
Parece-me uma opção privada, provavelmente quase sempre com a grávida cheia de razões para o fazer, mas privada. e como tal deve ser tratada
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De Neurótika Webb a 24.07.2015 às 17:24

Nem se engravida só porque se foi descuidado...há as vítimas de violação.
Mas o resultado final aqui é o seguinte: deixaram de morrer mulheres por causa de abortos. Isso é que é importante.
Se se criarem dificuldades, voltamos a ter abortos clandestinos, e pior, a baixo preço.
É isso que queremos?
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De zé a 27.07.2015 às 16:07

Tenho uma dúvida que não consigo resolver. Concordo e aceito que cada mulher possa decidir livremente pela IVG ou por continuar com a gravidez e ter o filho. Neste último caso, esse filho, segundo a lei portuguesa, tem que ter um pai que lhe dê o nome, que o assuma como filho. Assim, a mulher pode interromper a gravidez, mesmo que o pai o não queira. Se o pai pretender que se faça uma IVG e a mãe não quiser, ele será obrigado a assumir o filho! Não me parece uma lei equitativa. Neste caso o pai não devia ser obrigado a assumir um filho que não pretendia que tivesse nascido.
parece-me uma questão que também deveria ser ponderada.
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De Neurótika Webb a 27.07.2015 às 17:30

Concordo plenamente. Esta decisão tem que ser tomada a 2. Até porque tenho um filho adolescente e que não está em idade de assumir seja o que for (hipoteticamente), ele nem consegue tratar dele em condições, quanto mais de uma criança.
Isto sim, é uma questão importante a debater...sabemos bem que há mulheres que engravidam para "agarrar" homens!
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De nervosomiudinho.blogs.sapo.pt a 28.07.2015 às 12:17

Não me parece que te tenhas feito entender,e mais, parece que ainda tens que maturar algumas ideias. As grávidas não pagam nada, nem consultas nem exames referentes à gravidez, e foi assim que se reduziu drasticamente a mortalidade infantil. A gravidez é tanto opção ou não como contrair o HIV. Haverá quem tenho sido por negligência como por outras razões. Falar sem recurso a estatística é estares a gastar latim. O HIV fica em milhões ao estado, a ivg nem perto disso e os valores globais estão a reduzir. Nos dois casos estamos a falar de saúde pública e reduzir a taxa de mortalidade. Aqui estão a entrar crenças, coitadas dos que contraem HIV que foi sem querer, e quem engravida é porque quer. Não corresponde à verdade, há de tudo, como na farmácia.
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De Zé a 28.07.2015 às 15:57

A gravidez pode "contrair-se" voluntária ou involuntariamente, tal como a SIDA, a hepatite ou até uma perna partida, mas enquanto que estas são doenças a outra é uma gestação! Não são, de modo nenhum comparáveis ou passíveis de meter no mesmo saco. Para o tratamento das doenças todos, ou pelo menos muitos, descontamos dos nossos vencimentos. Para a IVG, sendo voluntária e não doença, cada um deve pagar a sua.
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De Neurótika Webb a 28.07.2015 às 16:22

voltamos então ao antigamente...é muito fácil para os homens falarem! A maior parte vira as costas e está o problema resolvido...seja a uma mulher grávida, seja a um filho!
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De ze a 28.07.2015 às 16:44

Não me parece que tenha razão.
Felizmente a grande, grande maioria dos pais nunca vira as costas às mães e muito menos aos filhos.
Parece-me que está a generalizar com base numa minoria que felizmente é verdadeiramente minúscula e que se calhar por isso não merecia que se perdesse tanto tempo com ela
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De Neurótika Webb a 28.07.2015 às 16:50

ai sim? então vou fazer um post sobre o assunto....e vamos ver as histórias, sim? quer saber quantas das minhas amigas é que estão a passar por isso?
pais que se estão nas tintas? pais que não pagam pensão de alimentos? há pelo menos aqui no burgo 2 advogadas, vamos ver as histórias que elas têm para contar....
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De Anónimo a 28.07.2015 às 18:16

Não tenho particular interesse em saber quantas das suas amigas estão a passar por isso. Provavelmente tantas como as minhas amigas ou as de outro alguém. Sei que cada caso é importante e deve ser tratado como tal. Mas felizmente são muito mais os filhos queridos e amados pelos pais e a viver em famílias estruturadas do que os não queridos.
Também tenho que reconhecer que são estes, os não queridos, que, merecendo tanto quanto os outros, requerem mais do nosso interesse e ajuda e é neles que nos devíamos focar. Mas não devemos esquecer os que estão bem integrados, que têm os mesmos direitos.
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De Neurótika Webb a 28.07.2015 às 18:42

há qualquer coisa errada nas contas...se anualmente há 70 divórcios para cada 100 casamentos....não me parece que haja assim tantos casamentos de sucesso.
Para além disso, de todos os amigos do meu filho, só 2 é que são filhos do casamento original...
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De nervosomiudinho.blogs.sapo.pt a 28.07.2015 às 19:24

ahahahahahhaha
ahahahhahaha

ainda estou no chão a rebolar a rir.
Sabe o que é um embrião?
Sabe porque é permitido até às 10 semanas?
Se é assim tão bom pai, pergunte aos filhos, que à partida estudaram, o porquê.

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