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Quando os mortos se levantam

por Neurótika Webb, em 11.08.15

Quando os enterrámos num cemitério perdido algures no deserto da nossa alma.

 

Para esquecer o perfume, o roçar da barba, a mão que fazia deslizar nas tuas costas quando te cumprimentava, os lábios que te roçavam o rosto e se demoravam sempre mais que o necessário,  sorriso quase envergonhado, mas lindo, a maneira como se atropelava nas palavras que lhe ruborizavam a cara morena quando falava contigo, o que proibiste a ti própria, apesar de te apetecer tanto...

 

E quando os mortos se levantam, o mesmo frio percorre-te a espinha, as mãos tremem-te, a voz morre-te na garganta e...foges o mais depressa que podes.

 

publicado às 15:22


22 diagnósticos

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De Neurótika Webb a 11.08.2015 às 17:43

eu também estou com quem quero estar. mas às vezes parece que amo um bloco de gelo.
e às vezes sinto saudades do fogo...
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De Língua Afiada a 11.08.2015 às 17:53

Aquele friozinho na barriga e aquele calafrio na espinha perde-se com o tempo. É uma pena.
Músicas, aromas e algumas situações costumam trazer essa sensação volta e é mesmo bom voltar a sentir a magia da paixão.
Não sei se é o caso, mas nós, mulheres, temos tendência a gostar do fogo dos bad boys, deve ser da adrenalina que uma relação conturbada nos dá, não sei.
Aquela incerteza, aquele impasse, o flirt e o desconhecido tornam tudo mais especial do que, na maioria das vezes, é.
Só há uma dois formas de quebrar o gelo bater-lhe com muita força ou dar-lhe calor para que derreta. Na prática nem sempre resulta, mas comportamento gera comportamento por isso dá-lhe calor ;)
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De Neurótika Webb a 11.08.2015 às 18:09

Nesse caso, sinto-me uma heroina...conquistei o Ultimate Bad Boy, aquele que toda a gente te avisa que é um perigo...
mas depois do primeiro ano, foi como se me puxassem o tapete, e descobri um bloco de gelo (capaz dos gestos mais grandiosos), mas que mantém todos à margem.
E olha...já tentei de tudo...e tenho a paciência a esgotar-se....
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 11:03

Não estarás casada com um Sagitariano pois não?
Existem pessoas que simplesmente não conseguem deixar os outros entrarem no seu mundo, acredito que não seja por mal, mas é complicado para quem partilha a vida com eles.
Depois depende muito da outra pessoa, neste caso de ti, se consegues viver com essa distância ou não, é uma situação complicada especialmente se fores uma pessoa que gosta de partilhar.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:13

Nem sou casada nem ele é Sagitário...é Leão.
O problema é que eu sou daquelas pessoas que também se fecha, o que não dá muito bom resultado.
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 11:31

Pois não, não casaste desculpa mas para mim é a mesma coisa.
Também sou Leão e podemos ser umas pestes é verdade.
E facilmente nos fechamos num mundinho só nosso e não somos propriamente as pessoas mais carinhosas do mundo e o problema maior é que adoramos receber carinho, tipo festinhas como os gatos.
Gostamos mesmo de receber mimos e depois às vezes lá damos uns mimos mas é só na esperança de recebermos mais mimos em troca.
Quando se juntam duas pessoas assim pode ser complicado...
Baixa as tuas defesas pode ser que ele baixe as dele, gostamos de brincar ao rato e ao gato.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:39

Eu sou Capricórnio, aquele signo esquisito que é um bloco de gelo fora de casa, mas que adora "fazer ninho". Eu sou a rainha dos mimos (ahahahahaha), adoro tratar bem os meus meninos, por isso é que estão todos mal habituados (juro que olho pró meu filho e penso que a futura mulher dele vai-me querer matar), mas sou mesmo assim.
Mas é difícil tentares ser a pessoa que anima todos, que esté sempre bem...e quando tenta fazer mimos ao gato....leva sempre umas sapatadas valentes.
Eu juro-te que até era capaz de perceber se eu me tivesse desleixado, mas não, sou exactamente o oposto, até por excesso....
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 11:50

Entendo-te perfeitamente. No meu caso não é a questão de mimos e de tratar toda a gente bem, é ser sempre eu a organizar, planear e inventar todos os programas fixes e divertidos para fazermos.
Cansei, fiquei sem ideias. O pior de tudo é o homem queixa-se da rotina, de não sairmos muito, diz que quer sair mas quando lhe pergunto para onde nunca sabe.
Então lá começo eu a puxar pela cabeça para fazermos coisas diferentes, o que acontece? Na maioria das vezes não quer, ou porque é longe, ou porque é caro, ou porque é muito cansativo ou porque simplesmente não lhe apetece. Qual é a alternativa dele? O mesmo do costume. Irra que às vezes apetece-me manda-lo passear.
Além disso eu fui sempre a pessoa bem-disposta em casa, quando eu ando mal parece que anda tudo mal.
Na maioria das vezes as mulheres têm esta sina de harmonizar o lar e fazer com que tudo esteja bem, mas é difícil, muito difícil porque hoje em dia as mulheres têm tanta coisa para fazer que acabam por descurar alguma coisa. Não somos imensas e também temos direito a dias não.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 11:56

lá nisso não me posso queixar, ele combina imensas coisas com amigos nossos.
mas essa de não poder ter dias não, compreendo-te "irmã", parece que temos que estar sempre bem dispostas e radiantes
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 12:05

Mulher sofre!
A minha mãe sempre me disse que ela nunca tinha direito a estar doente ou maldisposta.
Eu achava que ela estava a exagerar, mas afinal não.
Para além de estarmos bem dispostas ainda temos de ser capazes de nos arranjarmos em 15m e estarmos imaculadas e com um outfit que tanto dá para ir a jantar formal como para um pique-nique.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 12:11

ahahaha....é mesmo isso!
mas creio que hoje em dia ainda é pior, temos que ser umas fadas do lar, mães dedicadas, profissionais exemplares....e depois de um dia de trabalho, o jantar feito, a cozinha arrumada e os putos na cama, ainda temos que ser amantes fogosas e sexys, saídas de um filme de Hollywood!
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 12:18

Resumiste tudo numa frase. ahahah
Por isso andava um texto aqui há tempos na Internet em que uma senhora idosa fictícia dizia que a emancipação das mulheres foi a nossa pior conquista.
Que era muito melhor estar em casa, cuidar do lar, criar os filhos e ter disposição para o marido. Tinham tempo para as amigas e para as crianças e quando o marido chegava estavam ansiosas pela sua companhia.
É claro que isto era só para as mulheres ricas, as pobres coitadas trabalham tanto como agora e com menos direitos, mas uma coisa é certa nós queremos tudo.
E não podemos ser perfeitas em tudo, mas o problema é que as mulheres acham que podem.
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De Neurótika Webb a 12.08.2015 às 12:30

o pior é que eu acho que nós exigimos isso de nós próprias...eu falo por mim.
lutei sempre por ter a vida profissional que queria, e consegui. a casa saída de uma revista de decoração (aqui rendi-me às evidências e tenho empregada uma vez por semana, senão passava os fins de semana agarrada às limpezas e ao ferro), um filho lindo, bem educado e que sai sempre de casa impecável (apesar de estar naquela fase da alergia à água, pelo menos 1 hora a repetir a frase "vai tomar banho!"), e eu, não saio de casa sem maquilhagem, unhas e cabelo sempre arranjados, sempre impecável.
e de repente vêm as férias, com tempo para pensar, de biquini, chinelo no pé e cara lavada...e pronto, dá merda!
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De Língua Afiada a 12.08.2015 às 12:40

Eu ainda estou na fase de conquistar todas essas coisas, a planear filhos, a tentar decidir se compramos casa ou se construimos, mas já adivinho o futuro ainda mais complicado com filhos e casa decorada a preceito.
Estou insatisfeita com o emprego que tenho, não ganho para o que faço e isso deixa-me frustrada, mas esta crise veio adiar-me os planos.
Enfim quando tenho tempo para pensar dá merda!
O melhor é não pensar muito e concentrar-nos nas coisas boas.

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