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O problema das férias...

por Neurótika Webb, em 11.08.15

O problema das férias, além de estar a trabalhar, mas a cabeça ainda não ter saído do modo de férias, é parar.

Parar e ser obrigada a pensar. A reavaliar. A fazer balanços.

E, descobrir que estou farta da vida que tenho.

O mais bonito é que todas as pessoas que me conhecem acham que eu tenho uma vida invejável e glamorosa, cheia de eventos, viagens, pessoas interessantes e amigos ainda mais interessantes...

E eu?

Eu trabalho 11 horas por dia, numa rotina infindável, num trabalho que muitos gostavam de ter, mas que é um trabalho igual aos outros, que se torna rotineiro e enfadonho. Fins de semana sem sair de casa, não porque não tenha onde ir, mas porque tenho saudades de estar em casa, passo tanto tempo fora dela. Um relacionamento arrumado e parqueado, que é bom às vezes e outras nem sei.

E eu?

Fechada e hermética, forte e a desfazer-me por dentro, estagnada e apática, não sei se morta se viva...às vezes sinto que deixei de respirar.

E o pior, é chegar à conclusão que fiz isto a mim própria.

 

 

 

publicado às 17:01


25 diagnósticos

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De Fernando Lopes a 13.08.2015 às 20:13

Para te por a reflectir...

Mal-grado a conotação negativa, faz do tédio uma condição sine qua non da vida a dois…

Desejar a excitação permanente é pueril. Existem boas razões para terminar uma relação, não o tédio. Voltar contra o outro uma monotonia que em si mesmo é do casal, é fazer um processo de intenções: não podemos desejar a estabilidade e incriminar o tédio. Não falo do spleen, mas simplesmente do estado em que não se passa nada, essa plataforma continental da idade adulta. Não tenho a receita para a vida a dois, mas no mínimo, é o acordo sobre a procura de escutar o outro. Ouvir é o objectivo. É também o meio. Pascal Bruckner fala dos benefícios da vida em comum, esquecendo-se que deixa ressentimentos por vezes indeléveis. É necessário fazer o possível para adiar e aguardar pela calma que permite compreender. Amar é guardar a infelicidade para mais tarde.
(...)

Claude Habib
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De Neurótika Webb a 14.08.2015 às 12:04

obrigada Fernando. Isto são crises existenciais que me dão de vez em quando...depois volta tudo ao normal
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De Fernando Lopes a 14.08.2015 às 18:25

Quem nunca se inquietou que atire a primeira pedra...

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