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É muita "vida interior"!

por Neurótika Webb, em 27.01.16

Acabei ontem de ler um livro, com cerca de 400 páginas, e dei-me ao trabalho de ir atrás e contar o número de frases que as personagens tinham proferido, popularmente conhecido como diálogo.

 

A acção é suposto decorrer ao longo de um ano, no qual as personagens trocaram um total de 58 frases umas com as outras, e isto porque fui boazinha e contei com interjeições do tipo "Woa" e "What?"

 

Chega-se à conclusão que a autora cria personagens que ou são telepatas, ou são do tipo strong and silent. 

 

Alguém me explica a necessidade que os autores têm de descrever ao pormenor a porra de um napperon ou de uma jarra, mas não conseguem construir um diálogo em condições?

 

Se me responderem, "senão era uma peça de teatro!", eu grito!

 

"O napperon era redondo e perfeitamente simétrico. Era uma herança de família, tricotado pela avó Genoveva, sentada à janela a ver passar as vizinhas e a enxotar o gato Tareco com o pé. Dava-me ataques de pura nostalgia quando o via, repousando singelamente sobre a mesa cor-de-rosa que a minha mãe comprou na Feira da Ladra depois de estar três quartos de hora a regatear com um cigano de Chelas.

O meio parecia uma flor, que fazia sempre lembrar o furúnculo na testa do tio Zé. Na fileira seguinte tem aquele ponto dos pauzinhos, que eu não sei como se chama mas já me ensinaram a fazer. E a borda, ah, a borda! Assim toda às ondinhas que só de olhar tenho que ir a correr tomar um Enjomin de 100mg!"

In "Devias estar a trabalhar e estás práqui a escrever merdas."

napperon.jpg

 

 

publicado às 17:00


1 diagnóstico

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De Miss Fox a 27.01.2016 às 20:14

ahahah

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